Eu cresci ouvindo e cantando em cada culto, hinos como este:
“A nova do Evangelho já se fez ouvir aqui,
Publicando
em som alegre o que Deus já fez por ti.
Pois
tanto ao mundo amou, e ao perdido pecador,
Que
do céu lhe deu seu Filho para ser seu redentor.
Santa paz e perdão é a
nova lá dos céus!
Santa paz e perdão!
Bendito o nosso Deus”.
Estes louvores marcaram a
minha vida. Em momentos de agonia e
necessidade, são eles que fortalecem minha fé. Como não lembrar, quando
pecamos, de um louvor que diz:
“Bendito seja o cordeiro que na cruz por nós morreu;
Bendito seja o teu sangue que por nós ali verteu!
Eis nesse sangue lavados tendo puro coração,
Os pecadores remidos que perante Deus estão!
Alvo ainda mais que a neve!
Alvo ainda mais que a neve!
Sim nesse sangue lavado
Ó, meu Jesus ficarei”.
Minha fé foi firmada em Cristo através da Palavra, do ensino, do
pastoreio e de louvores que foram inúmeras
vezes repetidos, cantados e recantados.
Isso me levou a uma reflexão sobre o tipo de louvores que nossos filhos estão
escutando nas igrejas. Será que daqui a uns 30 anos, eles se lembrarão de
algum?
O louvor em nossas igrejas é do tipo MODA. O que está na moda é cantado.
Passou a moda, ele é esquecido e outro assume o posto.
As letras são pedintes, carentes, mendigas, ou então exigentes, altivas,
autoritárias.
Jesus nem sempre aparece ou quando aparece é pra servir e trazer de
volta algo que nós exigimos, como direito nosso.
Há muito remelexo e pouca reflexão. Muito grito de guerra, muito mexe daqui pra lá, diz isso, diz aquilo e no
final quase nada fica.
Como é bom lembrar, dos momentos em que, com coração contrito,
cantávamos;
“Bendita
a hora de oração,
Que
acalma o aflito coração,
Que
leva ao trono de Jesus
Os
rogos para auxílio e luz!
Em
tempos de cuidado e dor
Refúgio
tenho em meu Senhor;
Vencendo
o ardil e a tentação,
Bendigo
a hora de oração”.
A
hora da oração era bendita, o hino me dizia isso e me ensinava que em tempos de
cuidado, medo, dor, angústia, a oração era a solução.
E hoje
eu ainda lembro de hinos da minha infância (que eram os mesmos da minha adolescência
e maturidade).
Claro,
temos muitos louvores bons e que são bem inspirativos, não tenho dúvidas quanto
a isso, mas a minha questão continua sendo: nossos filhos e a nova geração
estão sendo marcados pelos louvores que cantam ou estão somente sendo
embalados?
Vale uma
reflexão junto a sua igreja? Faça-a.