quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Que louvores eles cantarão?




Eu cresci ouvindo e cantando em cada culto, hinos como este: 
“A nova do Evangelho já se fez ouvir aqui,
Publicando em som alegre o que Deus já fez por ti.
Pois tanto ao mundo amou, e ao perdido pecador,
Que do céu lhe deu seu Filho para ser seu redentor”.

Este louvor e muitos outros marcaram a minha vida. Ainda hoje, em momentos de agonia e necessidade, são eles que fortalecem minha fé.
Como não lembrar, quando pecamos, de um louvor que diz:
“Bendito seja o cordeiro que na cruz por nós morreu;
Bendito seja o teu sangue que por nós ali verteu!
Eis nesse sangue lavados tendo puro coração,
Os pecadores remidos que perante Deus estão!
Alvo ainda mais que a neve! Alvo ainda mais que a neve!
Sim nesse sangue lavado, Ó, meu Jesus ficarei”.

Minha fé foi firmada em Cristo através da Palavra, do ensino, do pastoreio e de louvores que foram  inúmeras vezes repetidos, cantados e recantados.
Isso me levou a uma reflexão sobre o tipo de louvores que nossos filhos estão escutando nas igrejas. Será que daqui a uns 30 anos, eles se lembrarão de algum?

O louvor em nossas igrejas é do tipo MODA. O que está na moda é cantado. Passou a moda, ele é esquecido e outro assume o posto.
As letras são pedintes, carentes, mendigas, ou então exigentes, altivas, autoritárias.
Jesus nem sempre aparece ou quando aparece é pra servir e trazer de volta algo que nós exigimos, como direito nosso.
Algumas letras são  claramente heréticas. E a igreja canta sem avaliar, sem questionar, sem falar com seu pastor que aquelas frases não são bíblicas. Sabem porque? Porque hoje ninguém quer pensar e nem conhecem a Bíblia para terem argumentos para questionamento.
Há muito remelexo e pouca reflexão.
Muito grito de guerra, muito  mexe daqui pra lá, diz isso, diz aquilo e no final quase nada fica.
Nossos louvores já não são Cristocêntricos, as pregações já não falam em pecado, em mudança de vida, em santificação. Estamos formando líderes e não servos. Uma geração que quer mandar (porque são cabeça e não cauda) e não querem servir, pois não aprenderam que quem ser grande seja aquele que serve.

As orações já não são adoração, contrição, conversa com o Pai.
Como é bom lembrar, dos momentos em que, com coração contrito, cantávamos;
“Bendita a hora de oração,
Que acalma o aflito coração,
Que leva ao trono de Jesus
Os rogos para auxílio e luz!
Em tempos de cuidado e dor
 Refúgio tenho em meu Senhor;
Vencendo o ardil  e a tentação,
Bendigo a hora de oração”.

A hora da oração era bendita, o hino me dizia isso e me ensinava que em tempos de cuidado, medo, dor, angústia, a oração era a solução.
E hoje eu ainda lembro-me de hinos da minha infância (que eram os mesmos da minha adolescência e maturidade).
Claro, temos muitos louvores bons e que são bem inspirativos, não tenho dúvidas quanto a isso, mas a minha questão continua sendo: nossos filhos e a nova geração estão sendo marcados pelos louvores que cantam ou estão somente sendo embalados?

Você acha que vale uma reflexão junto a sua igreja? Faça-a.