quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL E O MEDO DE PERDER



A criança é pai do homem.
William Wordsworth

Somos o resultado de nossa infância.
Crianças criadas em famílias desestruturadas, disfuncionais e hostis, certamente serão adultos inseguros com relação ao amor que recebem durante suas vidas.
Deste pacote muitas coisas podem ser geradas, inclusive a famosa dependência emocional.
Esta dependência manifesta-se logo na infância, quando a falta de segurança, de amparo, amor, de necessidades emocionais supridas (mesmo que haja brinquedos, presentes, estudo, casa, comida). A falta de afetividade fará surgir um desconforto que acompanhará estas pessoas por toda a vida, como quem procura algo e não encontra. Fortes sentimentos de ser perseguida (mania de perseguição).
A busca pode levá-las às drogas, ao sexo, comida, e, infelizmente, relacionamentos errados, com pessoas fracas e inadequadas.
Por se transformar num adulto com a auto-estima muito baixa, o parceiro desta pessoa será sempre alguém “incompleto”. Um parceiro lerdo, inseguro, muitas vezes incapaz em diversos aspectos, porque o indivíduo que sofre de dependência emocional, não se dá o direito de ter alguém grande, forte, valoroso, vigoroso. Por medo de sentir-se menor e fraco, procura alguém dependente, frágil e também pequeno.
O envolvimento com pessoas problemáticas, com limitações, dá a elas um sentimento irreal de superioridade. São necessárias pra alguém.
O medo do abandono mantem um relacionamento doentio por muito tempo.
A busca eterna por aceitação e aprovação fará com que estas pessoas sofram todo o tempo, buscando algo que só está em suas mentes.
O pânico de serem preteridas, rejeitadas, esquecidas faz com que estas pessoas sejam as serviçais (no sentido de controlar e fazer tudo), o que lhes faz acreditar que estão no controle da situação e dos relacionamentos.
O desejo enorme de serem amadas e a certeza de que isso jamais acontecerá plenamente, faz com quem não haja confiança no amor do outro.
É uma dependência que atinge mais as mulheres do que os homens.
A vida amorosa e afetiva é sempre pontuada por muito medo, expectativa de aceitação, sofrimento amoroso, negação e abandono.
Com medo de serem abandonadas, elas abandonam, e acabam praticando um ato de hostilidade muito maior e pior do que aquele que temem e do qual reclamam.

3 comentários:

  1. indizível... fantástico, fenomenal! São essas, as feridas causadas na alma d um ser... graças a Deus, o Esp Sto cura, restaura, o amor d Deus cura...

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  2. Às vezes precisamos recorrer à ajuda terapêutica para nos libertarmos do medo da perda. Deus nos ajude e venha por misericórdia sarar nossas feridas.

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  3. As palavras são sempre ministradas ao meu coração.Por perceber tanta necessidade ao meu redor, aproveito a ministrar a outros que talvez não tenham acesso ao seu blog, claro, sempre menciono o nome da autora.Que Deus possa lhe dar sempre saúde, vigor e muita unção a continuar ser esta mulher que toca o coração de Deus e aos nossos corações também. Sou tua fã, mesmo não conhecendo em presença.

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