sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

GRÁVIDA, EU?



Se eu ficasse grávida agora, acho que eu surtaria.
Claro! Isso lá é idade de ter filho? Isso é idade de ter netos.
Mesmo tendo maridão pra ajudar, estabilidade financeira, independência emocional e de não ter que dar satisfação, a não ser ao marido, seria um susto e um surto.

Agora, imagine você, uma adolescente grávida?
Vivo isso no consultório, meninas e seus namoradinhos que chegam pedindo ajuda para contar aos seus pais.
Eles passam por todos os sentimentos da raiva ao medo, da extrema alegria ao pânico, das gargalhadas ao choro, da felicidade à insegurança.
E vivemos numa época moderninha, cheia de liberalidades, normalidades, cheia de justificativas. E mesmo assim, é um susto.
O inesperado tem esta capacidade, nos põe em estado de alerta.

Fico então a pensar em uma jovem mocinha, que nunca teve relações físicas com um homem, e de repente, um anjo aparece em sua casa e lhe diz:
"Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim". Lucas 1:30-33

Acho que eu sairia correndo e gritando, mamãeeeeeeeeeeeeee!
Pior do que ficar grávida adolescente, é ficar grávida adolescente sem ter deitado com homem algum!

E não seria um filho qualquer, seria um filho chamado “Filho do Altíssimo”.
Maria foi muito forte, corajosa, bela!
Maria foi humilde, uma mulher de visão do futuro, uma serva.
Com uma palavra, ela define ao anjo que sua missão foi completada. Ele não teria que voltar a Deus e dizer que sua missão falhou, que Deus teria que procurar outro útero para abrigar seu filho. 
Ela lhe diz: "Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra". Então o anjo a deixou. 
Lucas 1:38

Maria sabia o que viria a seguir, ela havia sido criada em Nazaré por toda sua vida.
O vilarejo de Nazaré era no tempo de Jesus um pequeno povoado de não mais de 30.000 metros quadrados. As casas eram compostas geralmente por uma única sala que era ligada a uma gruta. Um pequeno vilarejo.
Maria, apesar de ser jovem, inexperiente e noiva, não temeu ficar grávida apesar de saber que teria que enfrentar seu noivo José, toda a sua família, os vizinhos, as pessoas da cidade e ainda corria o risco de ser apedrejada, segundo a Lei.
Deuteronômio 22:20,21
“Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça, então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti”.

Quantos medos, incertezas, quantas perguntas. 
Como ela aguentou os olhares, os risinhos, o escárnio.

E nós? Como temos respondido aos pedidos de Deus?
O que temos dito a Ele a respeito daquilo que Ele nos pede que façamos?
Será que Ele já nos pediu algo tão grande, tão difícil, tão complicado como fez com Maria?

Que neste Natal, nós possamos como Maria, dizer: “Sou serva(o) do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”.
Deixe seu útero espiritual abrigar a Palavra que salva, regenera, transforma vidas.
Deixe-se ser a pessoa capaz de ser e levar a mudança pela qual o mundo todo clama.
Que Deus lhe abençoe profundamente, Boas Festas, Bom e Abençoado Ano Novo.

Ilustração: Mother of Life – Nellie Edwards

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