quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

E NO PLANETA FACEBOOK...


Para se cadastrar no Facebook é preciso ter pelo menos 13 anos (mudança na regra), mas uma pessoa aos 13 anos ainda precisa de limites externos, visto que ele ainda está em desenvolvimento, no entanto alguns pais passam semanas sem olhar o perfil de seus filhotes. E há uma troca de conversas e principalmente fotos, e os menores estão sujeitos a vários tipos de problemas.
Mas há também a publicação de fotos de crianças, feita pelos próprios pais.
A exposição regular de fotos de crianças na Internet é, se avaliarmos bem, um narcisismo inverso. Narcisismo dos pais, uma maneira de mostrar como são competentes, amorosos, participativos e bons pais. A exibição de um status quo através das fotos dos filhos. Mas isso nem sempre é verdadeiro.
Você que vê as fotos, não se engane. O que é mostrado é somente a cereja do bolo. Os melhores momentos de mamãe e papai e seus filhotes. A parte feia, as brigas, o dinheiro emprestado para passeios, viagens, as dívidas feitas com roupas etc, nada disso é mostrado, mas existe.
Muitas vezes estes filhos são terceirizados. Babás, vovós e TV fazem o papel de pais. Presentes, satisfação de desejos e dinheiro “suprem” a falta de tempo com os filhos.
Crianças não têm defesa, dependem de seus pais por muitos anos para lutarem por eles. Esta exposição deveria ser evitada.
A maioria das fotos mostra crianças em poses, roupas e situações que visam, inconscientemente, atender sonhos e desejos frustrados de seus pais.
E com as meninas a coisa é pior. Muitos pais publicam fotos de crianças fazendo bocas, biquinhos, olhares, gestos, poses, como se já fossem mocinhas.
Se você não sabe isso acelera algumas etapas e facilitará a criança no pulo de algumas fases importantes. A mentalidade virtual já estará incorporada à sua vida não por suas próprias experiências, mas pelas experiências de seus pais.
É feio, é triste, é uma semente que vai gerar um fruto no futuro.
E pode ser um fruto bem amargo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Egos obesos, espíritos moribundos.




Agora vou para ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.
Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.
Eles não são do mundo, como eu também não sou.

João 17:13-16


Vivemos dias difíceis, dias em que homens e mulheres perderam o senso do que é bom e adequado para um cristão.
Não somos deste mundo, mas infelizmente nosso povo está cada vez mais parecido com o povo da terra.
As festas  ditas cristãs são cópias das festas dos clubes. Decoração, estilo de dança (claro que tudo com letra gospel) festas de casamento e vestimentas. Ah! As vestimentas...
Nossas moças usam as mesmas roupas que todas as moças, as mesmas transparências, os mesmos decotes, o mesmo comprimento das saias, as mesmas maquiagens. Nossos rapazes olham para as moças com o olhar lascivo do mundo e exibem seus corpos musculosos, ou não, do mesmo jeito que o povo da terra. Mulheres mais velhas que usam roupinhas de adolescentes. Homens se comportando como jovenzinhos, cheios de brincadeirinhas infantis.
Falta modéstia, falta  senso.
Alguns cultos trouxeram também a linguagem de grandes bandas: “tire os pés do chão!”, e a turma tira mesmo, e pula pra valer. São mega shows e alguns são mega inclusive no valor que é cobrado pelo “adorador” para aquela “adoração”. E tem quem pague.
E as fotos? As fotos que são colocadas no novo planeta, o Facebook, fariam Jesus ficar corado. E imagino Jesus pensando: este homem, esta mulher, nos cultos levantam as mãos, falam em línguas, choram, dão ofertas e dízimos, trabalham em ministérios, mas o que eles fazem com esta cara de bêbados nesta foto, com esta garrafa de bebida nas mãos? Ou ainda: que roupa é esta que esta mocinha está usando? Este biquíni não cobre nada?!
Mas as pessoas acreditam que podem e devem se vestir de acordo com o local e não de acordo com a santidade que nos é pedida por Deus, mas a Bíblia diz que devemos ser santos “como Ele é Santo”.
Amados, atenção, Deus não suporta vida dupla. Você não pode ser santo na igreja e impuro no seu dia a dia, nos seus negócios, em seus relacionamentos, casamento, amigos, família.

A palavra do momento é EU.
É pra mim, eu quero, é meu, me dá, não largo enquanto não me deres, e vai por aí afora. Nossos louvores não pedem, dão ordens.
Deus passou a ser um servo correndo todo o tempo com uma bandeja nas mãos para nos servir e satisfazer nossos desejos.
Quase não se adora (pular, virar pra lá e pra cá, rodar, pode até ser adoração), mas não é adoração no sentido de contrição. E não há tempo para contrição. É tanta dança e remelexo que na hora de entrarmos em contrição estamos cansados e o tempo é bem curtinho porque todos querem sentar.

Já não vemos nosso povo chorar. Aliás, vemos, sim, quando estão passando necessidade. Mas chorar diante de Deus por reconhecer que somos pecadores, fracos, incapazes e que carecemos dEle e da presença dEle e que isto é suficiente, não vemos mais.  
Porque esta geração entronizou o seu próprio umbigo.
Somos uma geração de religiosos que acreditam que ir ao culto e falar palavras proféticas vão nos trazer as bênçãos de Deus, independente da vida que levamos. Isso é uma mentira.
A Palavra diz que precisamos “nos arrepender de nossos maus caminhos”.

Mas as igrejas não ensinam santidade, que devemos ser santos como Ele é santo, não  falam de nossos pecados que levaram o Cristo à morte  na cruz por nossas vidas, nem  de arrependimento e mudança de vida e sobre vivermos como Ele viveu, porque há o grande risco de uma fuga de membros dessas igrejas. E quando acontece destas coisas (pecado, arrependimento, santidade),  serem ensinadas, elas trazem junto uma palavra de receber, de vitória financeira, de prosperidade, e a grande vitória, que é a salvação, acaba indo para segundo plano.

Hoje o Evangelho é pregado pelo que Jesus Cristo pode dar, como se Ele ainda não nos tivesse dado tudo, Sua própria vida, e assim  a nossa salvação. Já não se lembra do que Ele é, Santo, Santo, Santo. Buscam-se as bênçãos do Senhor, mas ninguém quer o Senhor da benção. O Senhor, dono de nossas vidas e vontade.
Somos um povo comprometido cada um com seu próprio reino, crescer a qualquer custo, sermos conhecidos a qualquer preço. Ninguém quer ser pequeno, todos querem ser grandes.
Vivemos a era do Eu. Uma pena.