quinta-feira, 21 de julho de 2011

QUEM É VOCÊ? DIGA LOGO QUE EU QUERO SABER!



- Quem é você?
- Adivinha, se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...

Noite dos Mascarados - Chico Buarque

“Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus”. Lucas 16:15 

Crianças são o que são. Dizem o que pensam, não possuem ainda o sentimento de serem “politicamente corretos”. Quando gostam, eles gostam. Quando não gostam, gritam logo. Mas, muito cedo aprendemos a não mostrar quem somos de verdade, aprendemos a mostrar aquilo que querem ver, ou o que nos beneficia.
Em nome da educação somos ensinados a camuflar o que somos e o que sentimos.
Vamos crescendo e nos aperfeiçoando na arte de criar e usar máscaras.

Existem máscaras para todas as situações. Normalmente são máscaras que julgamos “nobres”, são aquelas que nos dão a impressão de sermos aceitos por grupos ou  por pessoas.
Mas, as máscaras são usadas para esconder nosso verdadeiro eu.
O EU, que muitas vezes nós mesmos não conhecemos. E não o conhecemos porque não tivemos oportunidade, porque vivemos sempre uma mentira sem nunca pararmos para enfrentar o espelho.
Somente a convivência sadia, conversas francas, troca de idéias, podemos conhecer os outros e nos fazer conhecidos deles.
A Escolha nos ensinam as letras, a Igreja nos ensina a Palavra, e nossos relacionamentos nos ensinam a sermos pessoas e nos fazem caminhar para o crescimento pessoal.
John Powell diz que “para uma pessoa alcançar pleno potencial, é necessário haver pelo menos outra pessoa com quem seja totalmente franca e, ao mesmo tempo, se sinta totalmente segura”.

Colocamos máscaras para nos proteger.
Máscaras de “auto-compaixão”, de “sou bonzinho”, de “mansidão”, de “tenho medo”, máscara de “isso não me incomoda”, de “sou forte”, de “sou santo”, e vai por aí em diante.
Passamos uma imagem bem diferente daquilo que realmente estamos vivendo e sentindo. E as pessoas nos olham e nos vêem com as máscaras que nos apresentamos.
Usamos máscaras para que as pessoas não saibam como somos fracos, vaidosos, altivos, lascivos, medrosos, inseguros, melindrosos...
Precisamos aprender a viver sem máscaras.

É por causa do nosso interior que usamos máscaras!
É muito importante que nos perguntemos:
Quero realmente viver sem máscaras?
Estou disposto a encarar a realidade e a mostrar como sou?
O que perderei ao ser como eu realmente sou?
Quais as recompensas que terei por mostrar-me sem máscaras?

“O Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade”. 
Lucas 11:39 

É tempo de uma avaliação pessoal.
Do que falam a teu respeito, do conceito que os outros têm sobre a tua vida, das situações que você vive e que, somente você, sabe o quanto aquilo lhe abalou.
Do que dizem de você quando você não está perto, do que os teus filhos, cônjuge, pais, gostariam que você mudasse, “em casa ele é um monstro, mas na igreja...”, “no trabalho ela é tão prestativa, mas em casa...”, “mamãe é sempre tão controlada perto dos outros, mas em casa descompensa...”! Porque você usa máscaras!
Somente você sabe o que perturba tua vida, teu sono, teus relacionamentos, teu casamento, a convivência em casa, trabalho, igreja.

Máscaras são muros, nos separam das pessoas e de nós mesmos, da nossa realidade. É hora de mudar.
Que tal tirar as máscaras? Vamos deixar Deus nos tratar de dentro para fora?
É hora de saber quem você é, vamos lá, me diga quem é você!

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